Vacinas não podem ser negligenciadas

Prof.Dr. David Uip, Infectologia

Publicado em 02/02/2023 - Atualizado em 30/04/2024



As novas autoridades de saúde que assumiram as gestões federal e estaduais neste início de 2023, demonstraram preocupação e compromisso com as políticas voltadas à imunização da população, visando ao aumento das coberturas vacinais que, infelizmente, encontram-se em níveis muito baixos em comparação ao histórico brasileiro nessa área.

É um alento que, após anos de negacionismo, os gestores de saúde voltem a concentrar seus esforços neste importante tema. Saúde é coisa séria e, se há imunizantes comprovadamente eficazes para a prevenção de doenças transmissíveis, é urgente disponibilizá-los aos brasileiros e criar estratégias inteligentes para que as pessoas busquem tomar vacinas conforme a indicação de público elegível.

Nunca é demais lembrar que, as vacinas, são uma forma de proteção individual e coletiva. Elas contribuem para evitar complicações decorrentes de diversos tipos de infecção, ao mesmo tempo que, a partir de altas taxas de cobertura, auxiliam a reduzir a transmissão de doenças.

Foi por meio de campanhas bem-sucedidas de vacinação que o Brasil erradicou a varíola nos anos 1970 e a paralisia infantil na primeira metade dos anos 1990, além de ter controlado doenças como sarampo, caxumba, rubéola, difteria e tétano, dentre outras. Mais recentemente, após a pandemia de Covid-19, a vida normal com as pessoas circulando nas ruas só foi possível depois que a população foi vacinada com as doses regulares e de reforço. Ainda assim, uma segunda geração de imunizantes, contendo as cepas variantes do novo coronavírus, será ofertada em breve aos brasileiros considerados como público prioritário, como idosos e profissionais de saúde.

Há vacinas para um conjunto expressivo de doenças, recomendadas a diferentes faixas etárias, na infância, adolescência e na vida adulta. E existem aquelas que devem ser atualizadas e tomadas todos os anos, como a da gripe e, muito provavelmente, a da Covid-19, fundamentais para evitar internações, casos graves e óbitos em caso de infecção.

Se os novos gestores de saúde estão comprometidos em reverter o quadro desolador e preocupante de baixa cobertura vacinal no país, é igualmente importante que a população faça a sua parte, informando-se sobre os imunizantes disponíveis na rede pública por intermédio dos canais oficiais do Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais de saúde, e tomando as vacinas indicadas.

Aliás, a informação é uma arma poderosa para manter a saúde em dia. Por isso, não caia em Fake News. Vacinas salvam vidas. Que um novo ciclo virtuoso de altas coberturas vacinais entre a população represente o fim de um tempo de trevas que, esperamos, nunca mais retorne!

Deixe um Comentário

Comentários:

COPYRIGHT

© BrazilHealth

LINKS IMPORTANTES

Home

Heads

Vídeos e Artigos

Médicos e Outros Profissionais

Parceiros

Contato