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É comum confundir o cabelo oleoso com falta de higiene capilar. Até mesmo o aparecimento de caspas na superfície dos fios ou sua visualização nas roupas escuras pode causar má impressão. Em ambas as situações não existe uma relação obrigatória com cabelos sujos ou mal lavados.
Cada pessoa tem uma característica individual no que diz respeito à oleosidade dos cabelos e depende da herança genética.
No interior do couro cabeludo, junto à raiz dos cabelos, o bulbo capilar, encontram-se as chamadas glândulas sebáceas. Essas glândulas são responsáveis pelo óleo que lubrifica o couro cabeludo e os cabelos, cuja função é de proteção destas estruturas contra os agentes físicos, aos quais estamos expostos, por exemplo: o calor , frio, raios ultra violeta, o vento e outros. Algumas situações aumentam a produção de sebo por essas glândulas, como o estresse, banho quente, ansiedade e alimentação irregular.
Outra informação interessante sobre as glândulas sebáceas é que elas podem captar o nível de oleosidade na superfície do couro cabeludo, através de receptores que fazem parte de sua estrutura anatômica. Desta forma quando as glândulas sebáceas ‘percebem’ que há muito óleo na superfície do couro cabeludo elas diminuem a produção de sebo, regulando a sua quantidade.
Sendo assim , é importante lavar os cabelos diariamente, no mínimo em dias alternados, sem fazer muita fricção nos fios, evitar água quente, utilizar xampús com ativos naturais e sem muito detergente (lauril sulfato de sódio) ou seja, produtos que não façam muita espuma, pois uma determinada quantidade de óleo no couro cabeludo e nos cabelos é saudável, o excesso deve ser evitado.
Autor: Dr. Luciano Barsanti - Médico e tricologista, Presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia e Diretor do Instituto do Cabelo em São Paulo.
