Coração de Mulher

Dr. Otávio Celso Eluf Gebara, Cardiologia

Publicado em 26/07/2017 - Atualizado em 03/05/2024



Para a maioria das mulheres, estar bem informada é essencial para uma boa saúde. Porém, com a rotina mais atribulada do que nunca e a expressiva participação no mercado de trabalho, além da segunda jornada em casa, o universo feminino passou a conviver com fatores de risco silenciosos como o colesterol alto, a hipertensão, além do sedentarismo e tabagismo e, consequentemente, maior risco de um infarto – que antes era associado somente ao sexo masculino. A maioria das mulheres, e boa parte dos médicos não têm plena consciência desse risco. Pesquisas mostram que a primeira causa de morte em mulheres com mais de 50 anos está relacionada a doenças do aparelho circulatório. No Brasil, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral contabilizam perto de 30% das mortes, muito mais do que todos os cânceres somados. Mesmo os temidos cânceres de mama e útero, têm seus números muitas vezes menores que as doenças cardiovasculares. A depressão acontece em 2 mulheres para cada homem, e hoje é reconhecida como um fator agravante das doenças cardiovasculares.

Reconhecer os sinais

Reconhecer os sinais de início da doença é fundamental para a prevenção de seqüelas futuras.

Possíveis sinais de infarto:

-Dores no peito e região da “boca do estômago”

-Náusea

-Palidez

-Sudorese

Possíveis sinais de AVC, o popular "derrame": 

- Amortecimento em um lado do corpo

- Dificuldade de fala e perda súbita de equilíbrio

Nesses casos, a velocidade do diagnóstico e início do tratamento é o segredo do sucesso.

A prevenção

Felizmente os recentes avanços científicos nos trouxeram boas evidências sobre o mecanismo de desenvolvimento das doenças dos vasos. Avanços terapêuticos possibilitaram melhor controle de fatores de risco como a hipertensão e o colesterol elevado. Um vasto estudo científico concluiu que pequenos ajustes nos hábitos e o correto controle de fatores de risco como a hipertensão e colesterol são capazes de evitar 80% da chance de um infarto. Ou seja, é possível virar o jogo.

Dessa forma, deve ser feita a visita o ginecologista anualmente para evitar as consequências de um câncer, mas também toda mulher deve ter como hábito fazer um controle da pressão arterial (mesmo que tenha um histórico de pressão baixa) e dos índices glicêmicos e de colesterol através de um exame de sangue. Colocar o check-up cardiológico na agenda de prevenção pode fazer uma grande diferença.

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