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Os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o Brasil registra aproximadamente 3,5 milhões de casos de dengue e 1.601 óbitos pela doença, isso apenas no início deste ano. Estes números já representam um aumento de 35% nas mortes em relação ao ano inteiro de 2023.
Com o rápido aumento de casos, é muito importante se informar sobre a forma correta de tratamento. Alguns medicamentos devem ser evitados em caso de suspeita de dengue, já que estes podem agravar o estado da doença. O clássico que deve ser evitado é o ácido acetilsalicílico, também conhecido como Aspirina, ou aas, que faz parte dos remédios anticoagulantes. Isso porque o paciente com dengue, em geral, tem uma queda de plaquetas, e medicamentos como o ácido acetilsalicílico diminuem a agregação plaquetária, aumentando o risco de sangramento.
Outro medicamento usado frequentemente é o paracetamol, ou acetaminofeno, mas muitos artigos já comprovaram que ele pode piorar o quadro hepático do paciente. Cerca de 80 a 100% das pessoas que desenvolvem dengue têm comprometimento do fígado, hepatite, ou outra inflamação no órgão por conta do vírus, e o paracetamol potencializa esse risco. Portanto, a dipirona é o analgésico mais indicado para combater a febre e a dor, e o ibuprofeno também é interessante para combater alguns sintomas, mas deve ser usado na dose baixa de até 1.200 MG por dia. Em adultos, essa dose tem efeito analgésico e antitérmico.
Pacientes com dengue devem manter o repouso, reforçar a hidratação, beber bastante líquido, como sucos de frutas, não abusar de medicamentos, e fazer reposição de vitamina D, pois existe uma relação entre pacientes com deficiência desta vitamina e o desenvolvimento de dengue de maior gravidade. Alguns trabalhos apontam que esta deficiência atinge 60% da população brasileira, podendo ser considerada endêmica em nosso país.
Tanto para a prevenção, quanto para o tratamento da doença, alimentação saudável é a melhor opção, integrando muitos vegetais, legumes, frutas e grãos. Esses alimentos também são importantes por conter a substância chamada quercetina, que tem uma ação antiviral, antiinflamatória e antioxidante que pode ser útil aos pacientes com dengue.
