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O câncer colorretal – também chamado de câncer de intestino - é o terceiro tumor mais incidente, entre os homens e mulheres. Aqui no Brasil, de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), são aproximadamente 45 mil novos casos da doença por ano. No mundo, são quase dois milhões de registros anuais.
Este é um tumor que, além de ser muito comum, pode ser prevenido com a adoção de uma dieta ricas em frutas, legumes, vegetais e outros alimentos que contenham fibras, além de um consumo menor de carne vermelha, de embutidos e enlatados, e de açúcar. O controle do peso é fundamental para a prevenção desta doença, aliado à prática de atividade física e de não fumar.
Alguns sintomas podem estar associados ao câncer do intestino. Entre eles, podemos destacar:
- Presença de sangue nas fezes;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Alteração do hábito intestinal (com episódio de diarreia ou prisão de ventre);
- Dor, desconforto ou presença de uma massa na região abdominal;
Vale ressaltar que estes sintomas também podem estar presentes em doenças benignas. No entanto, os sinais não podem ser ignorados e devem ser investigados por um médico para que haja um diagnóstico preciso.
O exame mais importante para prevenção e diagnóstico do câncer colorretal é a colonoscopia. No passado, era recomendada a partir dos 50 anos; agora a idade foi antecipada para os 45 anos, com o aumento dos casos de pessoas jovens com a doença.
A colonoscopia realiza uma avaliação de todo o intestino, não apenas para encontrar a presença de um câncer, mas para verificar a existência de pólipos que, se não forem tratados, podem se transformar em um tumor. A remoção destes pólipos potencialmente perigosos diminui a chance de desenvolvimento de um câncer em até 85%.
Quando a doença é diagnosticada precocemente, o tratamento cirúrgico tem potencial curativo para a grande maioria dos pacientes. Em alguns casos, é necessário o tratamento preventivo com quimioterapia. Já na doença avançada – que atualmente representa menos casos - o tratamento envolve uma combinação de remédios quimioterápicos com novas drogas que bloqueiam a vascularização de um tumor, como as terapias alvo-dirigidas e, mais recentemente, a imunoterapia.
O avanço do tratamento multidisciplinar com novos remédios e a evolução das técnicas cirúrgicas, além de envolvimento de outras especialidades, têm melhorado muito o prognóstico do câncer colorretal.
Ainda assim, é preciso ressaltar que a prevenção e o diagnóstico precoce são a chave para os melhores desfechos nos casos dos tumores de intestino.
Dr. Fernando Maluf CRM SP 81930
oncologista e cofundador do Instituto Vencer o Câncer.