Como Nutrição, treinamento e saúde mental influenciam o desempenho do atleta profissional.

Alessandra Maya, Nutrição

Publicado em 01/02/2024 - Atualizado em 02/05/2024



No universo dos atletas profissionais existem muitas variáveis para que se possa alcançar o auge do desempenho, de forma que vai muito além do “simples” treinamento físico. De fato, é extremamente relevante que exista equilíbrio entre três pilares fundamentais: a nutrição, o treinamento em si e a saúde mental para que se possa atingir o resultado desejado.

A nutrição

Quando realizada de forma equilibrada, fornece ao atleta a energia necessária, otimizando o seu rendimento e resistência durante as competições. Compreender as necessidades individuais de cada esportista, tais como: metabolismo, esforço despendido e objetivos é imprescindível, assim como a escolha dos nutrientes adequados, timing das refeições e hidratação para maximizar a performance. Dietas que não atendam à demanda específica do atleta ou que sejam extremamente restritivas podem causar deficiências nutricionais que poderão causar desde fadiga, falta de energia e de concentração até comprometimento da recuperação muscular e cognitivo, aumentando os riscos de lesões, além de afetar a resistência do atleta. 

O treinamento físico

Evidentemente, é crucial no desempenho esportivo. Nesse passo, o programa deve ser bem estruturado e alinhado aos objetivos individuais do atleta. Isso, não apenas aprimora as habilidades específicas, mas também reduz os riscos de lesão, contribuindo para uma carreira profissional duradoura e sustentável. A ideia de que, quanto mais treino, melhores os resultados são um equívoco extremamente perigoso. O excesso da prática física, sem períodos adequados de recuperação, pode levar à fadiga crônica, ao overtraining e ao aumento do risco de lesões. Assim, enquanto o treinamento bem feito e consistente aliado à pausa para recuperação resulta em eficácia na prática esportiva, a negligência respectiva é prejudicial ao desempenho atlético.

O equilíbrio mental

Muitas vezes subestimado, impacta diretamente no desempenho do atleta. O excesso de pressão por resultados, a ansiedade e o estresse podem acarretar diminuição da concentração, falta de motivação e, até mesmo, transtornos psicológicos mais graves. Estratégias como gerenciamento do estresse, mindfulness e meditação podem ser interessantes aliados para manter a mente do profissional focada durante os períodos de competição. O sono, também negligenciado, é o período em que o corpo se recupera e se fortalece. Atletas profissionais ou não devem priorizar a qualidade do sono, garantindo horas suficientes de descanso, uma vez que a falta poderá resultar em menor desempenho físico, menor resistência e maior propensão a lesões. Ademais, a privação de sono compromete a saúde mental, aumentando os níveis de estresse, a ansiedade, afetando a clareza mental e tomada de decisões durante as competições.

Por vezes, ao focar apenas nos resultados, o atleta acaba praticando excessos, o que poderá impactar negativamente na jornada. Extremos são perigosos porque fazem o profissional acreditar que está agindo em um propósito, quando, na realidade, está se prejudicando a longo prazo. Por mais óbvio que pareça ser, o equilíbrio perfeito decorre da ausência de excessos/extremos. O esporte, quando bem feito, é multidisciplinar e o equilíbrio sempre poderá ser atingido com a ajuda de bons profissionais.

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