Por que o suor das axilas tem mau cheiro?

Dra. Ana Maria Fagundes Sortino, Dermatologia

Publicado em 01/09/2019 - Atualizado em 03/05/2024



Bem-estar e qualidade de vida são muito valorizados na atualidade e o mau cheiro das axilas interfere bastante no dia a dia de quem sofre com este problema. A Bromidrose, patologia que leva ao odor corporal desagradável, é uma afecção crônica das glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas. Este segundo tipo de glândulas é mais comum nas axilas e região genital. Estudos com pacientes afetados pela Bromidrose mostram que, nesse grupo de pessoas, elas são maiores e mais numerosas.

As principais causas dos cheiros fortes e desagradáveis são: sudorese excessiva, que amolece a queratina da pele e leva a uma alteração da composição do suor pelas bactérias; ingestão de grandes quantidades de alguns alimentos e bebidas (alho, cebola, curry, pimentas, álcool, entre outros); uso de alguns medicamentos (antibióticos, hormônios e outros), além de alterações metabólicas, como no diabetes e síndromes sistêmicas.

É importante atenção especial com crianças que apresentem suor generalizado e de cheiro fétido, pois a principal causa é a presença de corpo estranho (pedaço de brinquedo, alimento, etc.) na cavidade nasal, sendo necessário buscar atendimento médico o mais breve possível. Nos adolescentes e adultos, o exame clínico completo, feito pelo médico, leva ao diagnóstico da Bromidrose e orienta o tratamento com medicamentos tópicos ou injetáveis, com o uso de equipamentos modernos e, em casos selecionados, até cirurgia.

Uma medida imediata, que pode ajudar a melhorar o odor e a qualidade de vida, é a melhora da higiene local, com a remoção dos pelos das axilas, banho diário, uso de sabonetes e desodorantes antibacterianos e a troca frequente das roupas. Quando houver persistência do mau cheiro, é necessário o acompanhamento pelo médico dermatologista para o tratamento e controle da doença.

REFERÊNCIA: Semkova, K. et al. Hyperhidrosis, bromhidrosis, and chromhidrosis: Fold (intertriginous) dermatoses. Clinics in Dermatology (2015) 33, 483 – 491.

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