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Um ponto de influência em nossas vidas são as escolhas que fazemos, o modo de vida que optamos como ‘seguro e saudável’, nossos relacionamentos, nossos hábitos. Tudo isso são fatores externos que, sabemos, atuam no nosso organismo, nos nossos genes, uma vez que o ambiente ajuda a determinar a nossa saúde, qualidade e tempo de vida. Por isso, mais uma vez, olhamos para o futuro sob a ótica também da epigenética, que nos ensinará como explorar essas conexões entre influências ambientais e regulação de genes.
A nossa longevidade começou no ponto de início das nossas vidas e se estende até os dias de hoje. Com o tempo, a nossa ‘máquina-corpo’ aprendeu sozinha a se defender, a produzir anticorpos, por exemplo, contra o colapso extremo que afeta a nossa ‘máquina’ e que, às vezes, sem a devida defesa, pode engasgar, feito carro a álcool no inverno – quem passou por isso sabe o que estou dizendo -, ou até mesmo parar de vez e nos deixar pelo caminho.
Para reduzir os riscos, a ‘máquina-corpo’ precisa de constante manutenção, cuidados simples, como o carro que precisa de combustível, óleo e pneus bem calibrados para evitar consumo e desgastes desnecessários. Essa ‘manutenção’ para o nosso corpo é o que chamamos de prevenção.
E o que podemos desejar para 2021 e para o futuro? Sabemos com um grau mais apurado de observação e com embasamento científico que algumas questões para 2021 não dependem exclusivamente de nós mesmos. Por outro lado, reconhecemos que até aqui fomos permeados por nossas ações conscientes e inconscientes, que nos fizeram viver da melhor e mais saudável maneira possível.
Prevenir, diagnosticar, tratar e cuidar
A base de conhecimento que já temos sobre genética e sobre epigenética, que ainda estudamos, beneficiará a todos na busca de uma melhor qualidade de vida, assim como para estabelecer específicos e mais precisos diagnósticos, melhores tratamentos e possíveis curas. A tendência é prever problemas que afetarão nossa saúde, de modo a evitar que determinadas doenças se desenvolvam.
O que podemos fazer individualmente é modificar o nosso estilo de vida, que vai nos ajudar a prevenir doenças evitáveis e reduzir os riscos para outras. Por outro lado, temos a base científica, que avança a passos largos. Dois exemplos importantes são a epigenética e as vacinas imunizantes contra a Covid-19, desenvolvidas em tempo recorde.
No caso da epigenética, que recorre à análise do nosso material genético, nosso DNA, localizado em todas as células do nosso corpo, a base científica está em compreender que as células não contêm apenas os bons genes necessários para a boa função do nosso corpo. Assim, a detecção epigenética da idade biológica do seu próprio organismo aponta para o nosso estilo de vida e permite que se preveja a expectativa de vida.
Sobre as vacinas, a pandemia do novo coronavírus impulsionou empresas e centros de pesquisa para que tivessem à disposição muito mais recursos para tentar desenvolver imunizantes, contou com a colaboração de cientistas de todo mundo, praticamente em tempo real, como se fosse um único time em busca de um único objetivo: salvar vidas.
Certamente, 2020 será um ano inesquecível sob todos os pontos de vista. A Covid-19 mudou para sempre a relação que temos com a nossa saúde, a forma como nos relacionamos e nos solidarizamos com as pessoas. Também como encaramos a vida em sociedade a partir de agora, desde nossas questões espirituais e materiais até com a economia.
Mas, em meio à pandemia e aos percalços que o novo coronavírus ainda causa na sociedade moderna mundial, melhoramos a percepção e relação com o nosso corpo e com os cuidados com a saúde. Descobrimos ‘segredos’ nem tão secretos assim.
Há muito tempo temos consciência de que a prevenção na saúde parte de nós, do nosso estilo de vida, na prática de atividade física constante, boa alimentação, qualidade do nosso sono e com a tão incidente pandemia mundial que é o estresse.
Esses fatores externos, cujos controles estão nas nossas mãos, são fundamentais para determinar a longevidade que pretendemos e, mais que isso, a qualidade de vida que queremos para agora, 2021 e para o futuro.
Certamente, a medicina mais individualizada não abandonará a medicina tradicional, mas mudará paradigmas e conceitos preestabelecidos. Preceitos de Hipócrates ficam cada vez mais claros ao respeitar cada indivíduo, suas dores e doenças. Neste caminho, o que podemos desejar como “resoluções para um novo ano” é um melhor 2021 para uma melhor perspectiva de vida longeva.
Por isso tudo, uma boa “resolução para um novo ano” começa pela prevenção. Em todos e mais amplos sentidos!