![]() | Tweet | ![]() | ![]() | ![]() |
Estamos sofrendo uma verdadeira epidemia de diabetes no mundo inteiro, sendo que a incidência de novos casos quadruplicou desde os anos 80 até os dias atuais, o que reforça ainda mais a importância de um Dia Mundial de Combate ao Diabetes para promover a conscientização sobre o fato de que a doença pode ser prevenida e controlada por meio de medicamentos, dieta e mudança de estilo de vida.
Em países emergentes, o incremento do consumo de alimentos processados ricos em carboidratos – massas, doces e refrigerantes – ao lado do sedentarismo e do estresse decorrente de jornadas de trabalho mais extensas, tem multiplicado os casos de obesidade, a qual é o principal fator para o surgimento do diabetes.
A China já registra 11% da população adulta com diabetes e 36% com pré-diabetes. O percentual de brasileiros com a doença cresceu 61% entre os anos de 2005 a 2016, passando de 5,5% da população para 8,9%.
O diabetes afeta praticamente o corpo inteiro, resultando, entre outras complicações associadas à patologia, em acidente vascular cerebral (AVC), infarto, artrose, demência, cegueira, surdez, impotência, diversos tipos de câncer e amputações de membros.
O grande alvo da Endocrinologia atual tem sido o paciente pré-diabético, o qual se encontra em um estágio que antecede o aparecimento da doença.
Normalmente este paciente é obeso ou tem sobrepeso, mas também pode ser magro com uma barriga proeminente, em que se observam pequenas elevações anormais de glicemia, o que pode ser um indício de que o mesmo tenha diabetes.
Esta glicose minimamente elevada, se mantida por anos, pode levar às mesmas comorbidades que o diabetes.
A prevalência do pré-diabetes é bem mais alta, só para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, 30 milhões de pessoas são diabéticas e aproximadamente 84 milhões são pré-diabéticas (quase ¼ da população).
A importância da identificação do paciente pré-diabético é fundamental para evitar que o mesmo se torne diabético, o que se dá por meio de ações relativamente simples como dieta e atividade física.
Em suma, o diabetes tem causas multifatoriais - genética, má alimentação, sedentarismo, dormir mal, alteração de flora intestinal, estresse - e que encontram correlação na gênese da doença e a torna outro enorme desafio para a medicina, pois o diabetes é provavelmente a maior epidemia do Século XXI.